Nos últimos dias tem
circulado nas redes sociais comentários e falsas notícias que a Prefeitura de
Areia Branca está com os cofres abarrotados de dinheiro, recursos de emendas
parlamentares destinadas ao município para combate ao coronavírus. Não é bem
assim. De todas as verbas anunciadas pelos deputados, seja estadual ou federal,
nenhuma chegou em Areia Branca. A prefeitura vem utilizando recursos próprios
para a adoção das medidas de prevenção ao coronavírus. Das “ajudas” anunciadas
pelos parlamentares não foi feito, ainda, o repasse de nenhum valor para o
cofre do erário municipal. A prefeitura não teve acesso a nenhum centavo desse valor.
Infelizmente os críticos da gestão da prefeita Iraneide Rebouças (PSDB) são
induzidos a comentários infundados, sem conhecimento de causa, porque alguns
parlamentares ao “vender seu peixe”, deixa a impressão que a verba das emendas
foi imediatamente repassada ao município. Mas cadê o dinheiro? Pelo menos na
conta da prefeitura ainda não caiu um centavo. Esses que se preocupam em
propagar nas redes sociais falsas notícias nesse sentido, seriam mais racionais
se em vez de ficar questionando o governo municipal sobre a aplicação dos
recursos (que ainda não chegaram), perguntassem aos seus deputados quando a
verba, de fato, será liberada para ser usada em favor da população. Na verdade,
há muito discurso sobre socorro financeiro aos estados e municípios que estão
enfrentando uma crise sem precedentes, decorrente da pandemia que não é um
problema local, mas mundial. Mas a demora na liberação dessa ajuda, dificulta
cada vez mais as ações de combate à doença. O que parece ser a tábua de
salvação para os governantes neste período de pico da pandemia, é esse projeto
de socorro do Governo Federal aprovado pelo Congresso no decorrer da semana, no
valor de R$ 23 bilhões. Parece muito dinheiro, mas só parece. Na sexta-feira,
7, a Confederação Nacional de Municípios (CNM) lançou uma nota onde reconhece a
importância e o esforço na aprovação do projeto de socorro e pede que o Poder
Executivo federal sancione com máxima urgência. Mas ao mesmo tempo a entidade
municipalista afirma que os R$ 23 bilhões são equivalentes a 30% sobre a perda
de arrecadação dos impostos. Segundo a confederação, as perdas de arrecadação
dos municípios em virtude da pandemia chegam a R$ 74,4 bilhões. Portanto, o
montante bilionário não repõe um terço das perdas contabilizadas pelos
municípios. (Luciano Oliveira).

