A Petrobras deu início na quinta-feira,
19, a uma sequência de medições de energia eólica no litoral do Rio Grande do
Norte com um novo equipamento tecnológico. Trata-se da versão 2.0 da Boia
Remota de Avaliação de Ventos Offshore, conhecida como Bravo. Os testes
acontecem até março de 2024. O
equipamento utilizado no litoral potiguar é um aprimoramento da tecnologia
inédita no Brasil, desenvolvido pelo seu Centro de Pesquisas e Desenvolvimento
(Cenpes). Para uso da tecnologia, o investimento é de R$ 11,3 milhões por meio
do incentivo em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) da Agência Nacional de
Energia Elétrica (Aneel) Modelo
flutuante de Lidar (Light Detection And Ranging), a Bravo foi desenvolvida pela
primeira vez com tecnologia nacional. O aparelho é um sensor óptico que utiliza
feixes de laser para medir a velocidade e direção do vento, gerando dados
compatíveis ao ambiente de operação das turbinas eólicas, com o objetivo de
produzir dados essenciais para determinar o potencial de uma área para a
produção de energia eólica Este
instrumento também é capaz de captar variáveis meteorológicas, como pressão
atmosférica, temperatura do ar e umidade relativa, além de variáveis
oceanográficas, a exemplo de ondas e correntes marítimas “Esperamos uma Bravo 2.0 robusta e capaz de
atender às necessidades da Petrobras em relação à medição do potencial eólico
offshore no Brasil, sendo uma alavanca importante para avançarmos nessa nova
fonte de energia”, afirma o diretor de Engenharia, Tecnologia e Inovação da
Petrobras, Carlos Travassos.
Equipamento
Bravo 2.0
Na atual versão do equipamento,
está implantado um algoritmo desenvolvido especialmente para o projeto, que
permite corrigir informações coletas em função das variações de posição
provocadas pelas ondulações do mar e correntes marinhas. O equipamento também
foi ampliado em sua dimensão, com o objetivo de abrigar dois sensores. Essa
ampliação é capaz de aumentar a coleta dos dados transmitidos para um servidor
em nuvem, por meio de comunicação via satélite, para serem posteriormente
analisados A Bravo 2.0 pesa sete
toneladas, tem quatro metros de diâmetro, quatro metros de altura e é
alimentado por módulos de energia solar. Com apoio da Marinha do Brasil e do
consórcio Intersal, que opera o Terminal Salineiro de Areia Branca, na região
Oeste potiguar, o equipamento será lançado a 20 km da costa do Rio Grande do
Norte. As informações coletadas pela boia serão comparadas com dados de
referência obtidos por um Lidar fixo, instalado no mesmo terminal, para validar
a funcionalidade e confiabilidade das medições do equipamento.
