O Porto-Ilha de Areia Branca,
responsável pela exportação do sal à granel do Brasil e único terminal offshore
do mundo criado para esse tipo de produto, virou base para estudos do Serviço
Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) do Rio Grande do Norte voltados às
energias renováveis e já traçou planos de expansão para agregar uma área de
apoio logístico à implantação de futuros parques eólicos no mar. O projeto de
expansão, estimado na casa dos R$ 500 milhões, seria assinado pelo consórcio
Intersal com o grupo americano Edison Chouest Offshore. A intenção, segundo
Valmir Araújo, diretor executivo da Intersal, consórcio que assumiu a operação
do terminal salineiro há um ano, é pelo menos dobrar a área da “Ilha”,
atualmente com 38 mil metros quadrados, para incorporar a movimentação também
da atividade. A perspectiva, já apresentada ao Governo do Estado, foi
compartilhada com representantes de indústrias do RN e integrantes da primeira
Missão do Reino Unido ao Rio Grande do Norte com foco em discussões sobre
energia eólica offshore. A ideia, segundo Araújo, não é reduzir o espaço
disponível ao armazenamento e escoamento do sal do Estado – detentor de 95% da
produção nacional do produto – mas implantar uma espécie de anexo à
infraestrutura para atender, também, à demanda da nova indústria. A estrutura,
diz o diretor, seria complementar e não concorrente para o Porto-Indústria
Verde que o Governo do Estado projeta entre os municípios de Caiçara do Norte e
Galinhos.v